Alguém escreveu que a astronomia é uma experiência que forma o caráter e ensina a humildade.
Certamente, não há melhor demonstração da tolice das vaidades humanas do que se observar um mapa astronômico em que o nosso planeta aparece como um minúsculo ponto.
E basta se estudar um pouco a História da Humanidade para se ter ainda mais a dimensão da tolice das nossas ambições.
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Lemos a respeito dos grandes conquistadores e nos perguntamos: De que lhes valeu tantos crimes, em nome de conquistas de territórios e submissão de povos?
Lembramos de Temujin, que comandou a Mongólia, sucedendo ao pai. Bastou uma vitória militar e o povo o declarou Gêngis Khan, que quer dizer imperador universal.
Para fazer jus à homenagem, ele saiu em uma campanha militar, que durou vinte e cinco anos. Conquistou os tártaros e a China. Depois, as hordas mongóis varreram a Rússia, detonaram o Império Persa, engoliram a Polônia, a Hungria e ameaçaram a Europa como um todo.
Temujin morreu aos sessenta e cinco anos. Foi sucedido por seu filho Ogedei e, por algum tempo, as conquistas continuaram. Mas, depois, o Império começou a se esfacelar e as hordas mongóis tomaram o rumo de casa.
Recordamos de Alexandre, o grande, o mais célebre conquistador do mundo antigo. Tornou-se rei aos vinte anos, após o assassinato de seu pai.
Sua carreira é muito conhecida. Conquistou um império que ia dos Balcãs à Índia, incluindo o Egito e o atual Afeganistão.
Foi o maior e mais rico império que já existiu. Morreu antes de completar trinta e três anos, não se sabe se por envenenamento, malária, febre tifoide ou alcoolismo.
Não se discutem os benefícios das campanhas, pois Gêngis Khan uniu as tribos mongóis e tornou conhecidos do Ocidente os povos do Oriente, enquanto Alexandre, admirador das ciências e das artes, transformou Alexandria em centro cultural, científico e econômico, por trezentos anos.
No entanto, de que lhes valeu tanto sangue derramado, tantas terras conquistadas? A morte lhes encerrou as carreiras e seus impérios bem cedo se esfacelaram.
Isso nos remete a reflexionarmos a respeito de nós mesmos. O que estamos fazendo para alcançar nossa realização pessoal?
Estamos agindo de forma ética, correta, ou buscamos destruir quem esteja à frente, exatamente como faziam os grandes conquistadores?
Certo, não nos servimos do assassinato físico, mas quantos sonhos alheios teremos destruído, em nosso propósito de ascensão?
Os verdadeiros valores são morais. Esses não são destruídos pelo tempo e nem são amaldiçoados pela memória dos que foram derrotados, no decorrer da nossa jornada de conquistas.
Pensemos nisso: os verdadeiros objetivos da vida são transcendentais.
Afinal, a vida neste planeta é transitória. Rapidamente se esvai. O importante é o que levaremos em nossa bagagem individual, dentro d’alma.
Pensemos nisso e, aproveitando os dias que se nos oferecem à frente, estabeleçamos um planejamento estribado no amor.
Assim, por curta ou longa que seja nossa existência, sempre seremos lembrados como quem semeou a boa semente, em algum canteiro do mundo.
E, um dia, conforme a promessa de Jesus, transitaremos do planeta Terra para uma outra abençoada mansão do Pai, neste imenso Universo em expansão.
Redação do Momento Espírita.
Em 13.2.2015.
Em 13.2.2015.