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27 de fev. de 2015

Repensando propósitos


 
Alguém escreveu que a astronomia é uma experiência que forma o caráter e ensina a humildade.
Certamente, não há melhor demonstração da tolice das vaidades humanas do que se observar um mapa astronômico em que o nosso planeta aparece como um minúsculo ponto.
E basta se estudar um pouco a História da Humanidade para se ter ainda mais a dimensão da tolice das nossas ambições.
imagem da internet
Lemos a respeito dos grandes conquistadores e nos perguntamos: De que lhes valeu tantos crimes, em nome de conquistas de territórios e submissão de povos?
Lembramos de Temujin, que comandou a Mongólia, sucedendo ao pai. Bastou uma vitória militar e o povo o declarou Gêngis Khan, que quer dizer imperador universal.
Para fazer jus à homenagem, ele saiu em uma campanha militar, que durou vinte e cinco anos. Conquistou os tártaros e a China. Depois, as hordas mongóis varreram a Rússia, detonaram o Império Persa, engoliram a Polônia, a Hungria e ameaçaram a Europa como um todo.
Temujin morreu aos sessenta e cinco anos. Foi sucedido por seu filho Ogedei e, por algum tempo, as conquistas continuaram. Mas, depois, o Império começou a se esfacelar e as hordas mongóis tomaram o rumo de casa.
Recordamos de Alexandre, o grande, o mais célebre conquistador do mundo antigo. Tornou-se rei aos vinte anos, após o assassinato de seu pai.
Sua carreira é muito conhecida. Conquistou um império que ia dos Balcãs à Índia, incluindo o Egito e o atual Afeganistão.
Foi o maior e mais rico império que já existiu. Morreu antes de completar trinta e três anos, não se sabe se por envenenamento, malária, febre tifoide ou alcoolismo.
Não se discutem os benefícios das campanhas, pois Gêngis Khan uniu as tribos mongóis e tornou conhecidos do Ocidente os povos do Oriente, enquanto Alexandre, admirador das ciências e das artes, transformou Alexandria em centro cultural, científico e econômico, por trezentos anos.
No entanto, de que lhes valeu tanto sangue derramado, tantas terras conquistadas? A morte lhes encerrou as carreiras e seus impérios bem cedo se esfacelaram.
Isso nos remete a reflexionarmos a respeito de nós mesmos. O que estamos fazendo para alcançar nossa realização pessoal?
Estamos agindo de forma ética, correta, ou buscamos destruir quem esteja à frente, exatamente como faziam os grandes conquistadores?
Certo, não nos servimos do assassinato físico, mas quantos sonhos alheios teremos destruído, em nosso propósito de ascensão?
Os verdadeiros valores são morais. Esses não são destruídos pelo tempo e nem são amaldiçoados pela memória dos que foram derrotados, no decorrer da nossa jornada de conquistas.
Pensemos nisso: os verdadeiros objetivos da vida são transcendentais.
Afinal, a vida neste planeta é transitória. Rapidamente se esvai. O importante é o que levaremos em nossa bagagem individual, dentro d’alma.
Pensemos nisso e, aproveitando os dias que se nos oferecem à frente, estabeleçamos um planejamento estribado no amor.
Assim, por curta ou longa que seja nossa existência, sempre seremos lembrados como quem semeou a boa semente, em algum canteiro do mundo.
E, um dia, conforme a promessa de Jesus, transitaremos do planeta Terra para uma outra abençoada mansão do Pai, neste imenso Universo em expansão.
 
Redação do Momento Espírita.
Em 13.2.2015.
 

20 de jan. de 2015

Momento decisivo

 Filhas e filhos da alma!

Abençoe-nos o Senhor com a Sua paz.


Estes são dias de turbulência.

A sociedade terrestre, com a inteligência iluminada, traz o coração despedaçado pela angústia do ser existencial. Momento grave na historiografia do processo evolutivo, quando se operam as grandes mudanças para que se alcance a plenitude na Terra, anunciada pelos Espíritos nobres e prometida por Jesus.

Nosso amado planeta, ainda envolto em sombras, permanece na sua categoria de inferioridade, porque nós, aqueles que a ele nos vinculamos, ainda somos inferiores, e à medida que se opera nossa transformação moral para melhor, sob a égide de Jesus, nosso Modelo e Guia, as sombras densas vão sendo desbastadas para que as alvíssaras de luz e de paz atinjam o clímax em período não muito distante.

Quando Jesus veio ter conosco, a Humanidade experimentava a grande crise de sujeição ao Império Romano, às suas paixões totalitárias e aos interesses mesquinhos de governantes arbitrários. O Espiritismo, a seu turno, instalando-se no planeta, enfrenta clima equivalente em que o totalitarismo do poder arbitrário de políticas perversas esmaga as aspirações de enobrecimento das criaturas humanas e, por consequência, o ser, que se agita na busca da plenitude, aturde-se e, confundindo-se, não sabe como vivenciar as claridades libertadoras do Evangelho.

Com a conquista do conhecimento científico e o vazio existencial, surgem as distrações de vário porte para poder diminuir a ansiedade e o desespero. Naturalmente, essa manifestação de fuga da realidade interfere no comportamento geral dos seareiros da Verdade que, nada obstante, considerando serem servidores da última hora, permitem-se os desvios que lhes diminuem a carga aflitiva.
Tende, porém, bom ânimo, filhas e filhos do coração!

É um momento de siso, de decisões, para a paz no período do porvir.

Recordai-vos de que o Cristianismo nascente experimentou também inúmeras dificuldades. A palavra revolucionária do apóstolo Paulo, a ruptura com as tradições judaicas ainda vigentes na igreja de Jerusalém geraram a necessidade do grande encontro, que seria o primeiro debate entre os trabalhadores de Jesus que se espalhavam pelo mundo conhecido de então.

No momento grave, quando uma ruptura se desenhava a prejuízo do Bem, a humildade de Simão Pedro, ajoelhando-se diante da voz que clamava em toda parte a Verdade, pacificou os corações e o posteriormente denominado Concílio de Jerusalém se tornou um marco histórico da união dos discípulos do Evangelho.

Neste momento de desafio e de conflitos de todo porte, é natural que surjam divergências, opiniões variadas, procurando a melhor metodologia para o serviço da Luz. O direito de discordar, de discrepar, é inerente a toda consciência livre. Mas, que tenhamos cuidado para não dissentir, para não dividir, para não gerar fossos profundos ou abismos aparentemente intransponíveis. Que o espírito de união, de fraternidade, leve-nos todos, desencarnados e encarnados, à pacificação, trabalhando essas anfractuosidades para que haja ordem em nome do progresso.

O amor é o instrumento hábil para todas as decisões. Desarmados os corações, formaremos o grupo dos seres amados do ideal da Era Nova.

Nunca olvideis que o mundo espiritual inferior vigia as nascentes do coração dos trabalhadores do Bem e, ante a impossibilidade de os levar a derrocadas morais, porque vigilantes na oração e no trabalho, pode infiltrar-se, gerando desequilíbrio e inarmonias a benefício das suas sutilezas perversas e a prejuízo da implantação da Era Nova sob o comando do Senhor.

Nunca olvidemos, em nossas preocupações, que a Barca terrestre tem um Nauta que a conduz com segurança ao porto da paz.

Prossegui, lidadores do Bem, com o devotamento que se vos exige de fazerdes o melhor que esteja ao vosso alcance, em perfeita identificação com os benfeitores da Humanidade, especialmente no Brasil, sob a égide de Ismael, representando o Mestre inolvidável.

Venceremos lutando juntos, esquecendo caprichos pessoais, de imposições egotistas, pensando em todos aqueles que sofrem e que choram, que confiam em nossa fragilidade e aguardam o melhor exemplo da nossa renúncia em favor do Bem, do nosso devotamento em favor da caridade, da nossa entrega em novo holocausto.

Já não existem as fogueiras, nem os empalamentos. Os circos derrubaram as suas muralhas e agora expandem as suas fronteiras por toda a Terra, mas o holocausto ainda se faz necessário. Sacrificai as próprias imperfeições, particularmente neste sesquicentenário de evocação da chegada do Evangelho à Terra, decodificado pelos Imortais.

Recordai também, almas queridas, que o Espiritismo é, sem qualquer contradita, o Cristianismo que não pôde ser consolidado e que esteve na sua mais bela floração nos trezentos primeiros anos, antes das adulterações nefastas, e que foi Jesus quem o denominou Consolador.

Este Consolador sobreviverá a todas as crises e quando, por alguma circunstância, não formos capazes de dignificá-lo, a irmã morte arrebatará aqueles que não correspondem à expectativa do Senhor da Vinha, substituindo-os por outros melhormente habilitados, mais instrumentalizados para os grandes enfrentamentos que já ocorrem na face do planeta.

Todos sabemos que a transformação moral de cada indivíduo é penosa, de longo curso, por efeito do atavismo ancestral, e que a Lei dispõe do recurso dos exílios coletivos para apressar a chegada da Era Nova.

Abençoados servidores!

Abençoadas servidoras da Causa! Amai! Amai com abnegação e espírito de serviço a Doutrina de santificação, para que os vossos nomes sejam escritos no livro do reino dos Céus e possais fruir de alegrias, concluindo a etapa como o apóstolo das gentes, após haverdes lutado no bom combate.

Os mentores da brasilidade, neste momento grave por que também passa o nosso país, assim como o planeta, estão vigilantes.

Permiti-vos ser por eles inspirados e saí entoando o hino do otimismo e da esperança, diluindo a treva, não fixando o medo nem a sombra, que por momento domina muitas consciências. Não divulgando o mal, somente expondo o bem, para que a vitória não seja postergada.

E ide de volta, seareiros da luz! O mundo necessita de Jesus, hoje mais do que ontem, muito mais do que no passado, porque estamos a caminho da intuição, após a conquista da razão, para mantermos sintonia plena com Aquele que é o nosso Guia de todos os dias e de todas as horas.

Muita paz, filhas e filhos do coração!

São os votos do servidor humílimo e paternal, em nome dos obreiros da seara de todos os tempos, alguns dos quais aqui conosco nesta hora.

Muita paz!...



Pelo Espírito Bezerra de Menezes - Psicofonia pelo médium Divaldo 
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